Quando massas de ar com características térmicas diferentes entram em contacto, não se misturam e formam uma faixa de separação entre elas que se denomina superfície frontal. Á interceção da superfície frontal com a superfície terrestre dá-se o nome de frente, que pode ser quente ou fria. Uma perturbação frontal é o conjunto de duas frentes, uma quente e outra fria, associadas a um centro de baixas pressões.
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Fig. 1 – Superfície Frontal e Frentes. |
As chuvas frontais resultam desse contacto entre
duas massas de ar com características diferentes (uma quente e outra fria). Neste
caso, na frente fria o ar por ser mais denso e pesado vai penetrar por baixo da
massa de ar quente e, desta forma, obriga-la a subir de forma abrupta e rápida.
Ao ascender o ar vai ficando cada vez mais frio, a humidade relativa vai
aumentar até à saturação, depois dá-se a condensação, a formação de nuvens e,
por fim, a precipitação. Neste caso, formam-se nuvens de grande desenvolvimento
vertical (como, por exemplo, cumulos e cumulunimbos) que podem formar barreiras
que ultrapassam os 1000 km de comprimento. Daqui resultam fortes aguaceiros de
curta duração.
Por outro lado, na frente quente o ar quente, por
ser mais leve e menos denso, avança gradualmente sobre o ar frio, arrefecendo
mais lentamente, havendo formação de nuvens de desenvolvimento mais horizontal como
cumulos e estratos (nuvens estratificadas), podendo não ocorrer precipitação.
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Fig. 2 - Chuvas Frontais resultantes do contacto entre uma frente fria (massa de ar frio) e uma frente quente (massa de ar quente).
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![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfgwWvvpoe-3tQ4_qaA0XINJNWbFE2gBu7Mn-khj2-CD4wwiXzL7ElgLjPoaXX8kwzn8_RLlk89VcGN_rWCFQanRclN_kt1u7Q1KKfIzsWPzzCIXbTZ0dgrbYWKqQfs9eaV_ty7tdfJnM/s400/gvhbnj.png) |
Fig. 3 – Nuvens associadas às chuvas frontais numa frente fria. |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghDXI4Hzgo2v7opgdrmB_MNwudBpzbHO5-W02VoF23Vb7MbtQVh4y6KFCQyhmzL82tKae5jF_L8-CM-0bkkR7THmsfXlB9elCj739c7Z2rgUYFTTx4F4josk_GnhLtPeWbfn0FM8sePso/s400/gvh+k.png) |
Fig. 4 – Nuvens associadas às chuvas frontais numa frente quente. |
A
natureza destas chuvas vai depender da quantidade de humidade que o ar vai
adquirir e também se estamos perante a ação da frente quente ou da frente fria.
Isto porque os estados de tempo associados a uma frente quente ou a uma frente
fria são diferentes.
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Fig. 5 - Estados de tempo associados à passagem de uma frente quente e uma frente fria. |
Nas latitudes médias e altas este tipo de
precipitação é a mais recorrente, sobretudo entre os 40º e os 65º, influenciando
os estados do tempo e os respetivos climas. Portugal, localizado na Zona
Temperada do Norte, é influenciado, sobretudo no Inverno, por estas
perturbações frontais.
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Fig.6 Latitude e Longitude. |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPrI6axoEHIM66qQwFL1l2oPSOB_IG6CFg-4FG3Uo0aCxp9InF9g97_8JbCznRBioEYakKBtq7p8dU50sefd8xixK-QWMAVxQ-DX-DTKQV3G3pjSODjqSbGbr_qCtegeFxu0Ps8Uv98pA/s400/jm,..png) |
Fig.7
– Portugal afetado por uma frente fria.
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