Neste tipo de chuvas, as massas de ar, carregadas de
humidade, são obrigadas a subir quando encontram uma barreira orográfica. Ao
ascender o ar arrefece, a humidade relativa aumenta, ocorre a condensação,
formam-se nuvens e ocorre precipitação.
Uma vez ultrapassada a barreira o ar começa a descer
sofrendo nesse momento um aquecimento. Neste caso a precipitação é pouco
intensa mas de longa duração.
Este tipo de chuva está muito presente em zonas
montanhosas (ex. Cordilheira Central). Em Portugal pode observar-se este
fenómeno sobretudo no Norte pois é mais montanhoso (ex. Serra
do Gerês e da Peneda). As massas de ar vêm do oceano carregadas de humidade e
ao encontrarem inúmeras barreiras orográficas descarregam essa humidade.
Nas montanhas existe sempre uma vertente que é mais
pluviosa que outra, uma vez que o ar quando chega à outra vertente já perdeu a
sua humidade e apresenta-se seco. É neste sentido que se formam os desertos
orográficos.
Esta é uma das razões que faz com que algumas áreas
montanhosas sejam das mais pluviosas do globo, como é o caso da vertente sul
dos Himalaias.
O tipo exato de nuvem que está associado a este tipo
de chuva depende da altura do obstáculo topográfico, da humidade e da
estabilidade do ar. Assim:
→
em pequenas elevações(<2000m) podem formar-se estratocúmulos;
→ em
elevações médias(≈ 2000m) podem formar-se altocumulos;
→ em
altas elevações(>2000m) podem formar-se altocumulos.
![]() |
Fig.
2
– Chuvas Orográficas.
|
Sem comentários:
Enviar um comentário